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O Novo Cenário Político dos EUA e os Reflexos no Agronegócio Mundial.

A nomeação de Brooke Rollins para liderar o poderoso Departamento de Agricultura dos EUA (USDA – um complexo com cerca de 4.500 locais para suas operações no país e no exterior, que emprega cerca de 100 mil funcionários) sinaliza um novo capítulo para o setor agrícola sob o governo de Donald Trump – Republicano que assumiu segundo mandato como 47º residente dos Estados Unidos nesta segunda-feira (20). Rollins, com vasta experiência em políticas públicas e uma forte conexão com as comunidades rurais, terá a missão de enfrentar desafios internos e externos em um momento de transformações no mercado global.

Quem é Brooke Rollins?

Com raízes texanas e formação em Direito e Desenvolvimento Agrícola, Rollins traz uma combinação de conhecimento técnico e habilidade política. Seu desafio será de balancear o fortalecimento do agro americano com o cenário de alta competitividade global.

Suas prioridades incluem:

• Redução de custos de produção para agricultores americanos;

• Estímulo à inovação e tecnologias disruptivas no agro;

• Navegar em meio a tensões comerciais e fortalecer o papel dos EUA no mercado global de alimentos.

Leia mais sobre Brooke Rollins: https://forbes.com.br/forbesagro/2025/01/quem-e-a-mulher-que-vai-comandar-o-agro-dos-eua-para-trump/

Brooke Rollins

As Primeiras Ações de Trump e Seus Efeitos:

Desde sua posse, Trump já sinalizou sua postura ao:

  • Retirar os EUA do Acordo de Paris, reduzindo o compromisso do país com políticas climáticas globais;
  • Aumentar a vigilância comercial, com possível imposição de tarifas a países que “prejudicam” os agricultores americanos.

Essas ações indicam um foco no protecionismo e na competitividade local, com potenciais reflexos para os parceiros comerciais.

O Brasil, por exemplo, pode encontrar novas oportunidades em mercados como a China, caso tensões entre os EUA e o país asiático se intensifiquem novamente. Contudo, o movimento exige cautela, já que políticas agressivas podem gerar impactos em preços globais e acordos comerciais.

Leia mais sobre: https://www.bbc.com/portuguese/articles/c5y7g25yljyo

O Caso JBS e o Debate Sobre Monopólios

A JBS, empresa brasileira e maior processadora de carne do mundo, está no centro das atenções nos EUA. Alegações de práticas anticompetitivas e ações judiciais, incluindo um processo movido pelo McDonald’s, levantam questionamentos sobre o impacto de grandes conglomerados no setor agropecuário.

Essas disputas refletem diretamente na vida dos pecuaristas locais, que enfrentam pressões de preços e têm menos opções de mercado devido à concentração da indústria.

Dado o perfil de Trump, que historicamente busca proteger produtores locais e reduzir o poder de grandes corporações estrangeiras, podemos esperar ações mais rígidas contra práticas monopolistas, o que pode afetar tanto a operação da JBS quanto a percepção global sobre grandes players do setor.

Leia mais sobre: https://www.reuters.com/legal/litigation/mcdonalds-sues-major-beef-producers-us-price-fixing-lawsuit-2024-10-07

https://economia.uol.com.br/noticias/reuters/2024/01/12/senadores-dos-eua-tem-profundas-preocupacoes-sobre-os-planos-de-listagem-da-jbs-em-nova-york

E o Brasil no Meio Disso Tudo?

O Brasil, como uma potência do agronegócio, tem muito a observar:

Oportunidades Comerciais: O possível isolamento comercial dos EUA em certas áreas pode abrir portas para o agro brasileiro, especialmente em mercados como o asiático.

Pressão por Sustentabilidade: A saída dos EUA do Acordo de Paris pode atrair maior escrutínio ambiental sobre países como o Brasil, exigindo mais investimentos em práticas sustentáveis.

Competitividade em Xeque: Com o foco de Rollins em inovação e subsídios, o Brasil precisará acelerar a adoção de tecnologias e a eficiência na produção para se manter competitivo.

Leia mais em: https://agro.estadao.com.br/agropolitica/eleicoes-nos-eua-trump-kamala-e-o-agro-brasileiro

O Novo Cenário Global: Mais Perguntas do que Respostas

A nomeação de Brooke Rollins e as primeiras ações de Trump configuram um cenário complexo, onde o protecionismo americano, as disputas comerciais e a sustentabilidade se cruzam. A pergunta que fica é: como o Brasil deve se posicionar para aproveitar as oportunidades e mitigar os riscos nesse novo capítulo do agro global?

É hora de refletir sobre estratégias, fortalecer o diálogo e investir em inovação para garantir que o agro brasileiro continue sendo protagonista nesse jogo mundial.

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